sexta-feira, 31 de outubro de 2008

«Metafísica»


Gentileza Google



«Que ideia tenho eu das coisas?

Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?


Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma


e sobre a criação do Mundo?


Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos

e não pensar. É correr as cortinas

da minha janela (mas ela não tem cortinas)...»


Alberto Caeiro

16 comentários:

Lady disse...

A real noção das coisas só as temos quando elas acontecem, até lá´o melhor é viver a vida, da melhor forma que sabemos...

Jinhos

Pedro disse...

Adoro Alberto Caeiro! E adorei o poema! Deixa-nos num estado de absorção... Mas isso existe?

mfc disse...

Há que viver com as dúvidas.

mdsol disse...

:))

vida de vidro disse...

O meu heterónimo preferido. Gostei de o encontrar aqui. **

luis lourenço disse...

Viva Jpd!

a gaiola das causas e dos efeitos é o excesso do racionalismo que quer decifrar os seus enigmas...Mas estes não só continuam desafiantes para o racionaliismo como abrem as portas á poesiae arte...e á metafísica tb mas a do mistério e não a dadefinição das coisas...lindo extracto desse famoso poema de Pessoa-Alberto Caeiro...

lélé disse...

Conheço muitíssimo mal a obra de Fernando Pessoa (& Cia Lda), mas não era com esse heterónimo que ele terminava, ou dizia a certa altura, qualquer coisa parecida com "Bolas! Sou lúcido!"?
É!... Um grande poeta, pensador e fingidor!...

Alberto Oliveira disse...

Caro José,

Um dos desportos favoritos de Alberto Caeiro Pessoa, era precisamente... confundir as pessoas.
Seria muito mais honesto confessar que o dinheiro não lhe abundava na carteira para comprar cortinas, que argumentar aquela ida e volta domingueira-metafísica, da cozinha à sala de jantar e

abrir a lata de atum para o almoço.


abraço.

OUTONO disse...

Alberto Caeiro...mais um(a) Pessoa de factos e artefactos, suscitador de pensamentos, capazes de dar meia volta à rebeldia de outros pensadores...

Para mim, cada palavra deste sábio escritor, pobre de carteira, mas rico de ideias (sempre ouvi dizer, que a cultura era mais uma migalha do grande banquete) tem um perfume de época avançada para o tempo do seu viver. Logo, visionário realista de verdades e preconceitos, hoje reais.
Até, o factor dos múltiplos heterónimos que fazia garbo em assinar, era prova da sua polivalência; um homem, muitos homens...uma frase, muitos pensamentos...uma verdade, muitos incómodos....

Fizeste bem ...em trazê-lo aqui!

Abraço.

Teresa Durães disse...

este poema é simplesmente maravilhoso. Sempre preferi o Alberto caeiro

Graça Pires disse...

As interrogações de Alberto Caeiro: as nossas interrogações.
Um abraço.

Carla disse...

coisas de coisas em que penso...por isso adoro Alberto Caeiro
beijos

Justine disse...

Alberto Caeiro da minh'alma, a tua dor de cabeça metafísica passa seguramente se abrires as janelas ao mundo!

Nilson Barcelli disse...

O Alberto Caeiro era um poeta com ideias fixas... direi até atormentado por essas ideias.
Este tema, por exemplo, aparece em variadíssimos poemas.
Mas continua a ser um dos poetas que mais admiro, talvez até o maior...
Abraço.

isabel mendes ferreira disse...

a ideia das coisas é um pouco a essência da ideia de uma alma....sempre em ascese....


.


beijo. com alma.

pin gente disse...

meditar é um estado de não mente... logo de não pensar.

abraço