quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Letras: «AN»

«Ano Novo»



2008

Ninguém sabe o que fazer dele!

Perdendo o "8"
Unindo os dois "00"
Teme-se o que será 2009
É que a previsão da crise foi um "flop" e um embuste.
Não tendo havido capacidade para evitar a hecatombe financeira como é que agora se anseia pelo sucesso (?!) das medidas para a amenizar?
Serão suficientes para evitar uma tragédia social global?

A crise não é comparável à de 29... Ver-se-á!
Graficamente, os dois zeros, adjacentes, deitados formam um "oito" ou "infinito".
Embutidos em 2009, para os pessimistas, ou realistas, quem sabe, é mau augúrio: «Estaremos feitos num "oito" por quanto tempo?!... Restar-nos-á um "29", lúgubre e sombrio...»

Há uma exigência incontornável e persistente: um apoio equiparável ao concedido ao sistema financeiro deve ser garantido aos mais desprotegidos.

BOM ANO DE 2009!



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL !


Desejo o melhor para 2009


Rever-nos-emos a partir de Janeiro 09


Beijos e abraços

domingo, 7 de dezembro de 2008

GPS

1.
Robert de la Grive (*), jovem fidalgo piemotês, naufragou nos mares do Sul (Pacífico) em 1643, em busca do ponto fixo, o meridiano antípoda -- a 180 graus de Greenwich -- onde supostamente se encontram as ilhas Salomão, conhecidas na Bíblia como fonte de grande riqueza.
Após o seu naufrágio, Robert encontra um barco deserto que está ancorado numa ilha à beira desse meridiano.
Gaspar -- Sábio de formação religiosa -- misteriosamente encontra-se sozinho no barco recheado de relógios e outros artefactos técnicos não muito comuns.

Robert e Gaspar travam fabulosas discussões, onde se resume o conhecimento da época. Gaspar consegue defender e conciliar todo o tipo de conhecimento científico e religioso, mostrando uma erudição imbatível para a explicação da existência de um dia antes como forma do aparecimento e desaparecimento das águas do dilúvio bíblico (*).


2.
A nossa posição sobre a Terra é referenciada em relação ao equador e ao meridiano de Greenwich e traduz-se em três números: a latitude, a longitude e a altitude.

O GPS é um sistema de posicionamento geográfico que nos dá as coordenadas de um lugar na Terra, desde que tenhamos um receptor de sinais GPS. (É indispensável a utilização de satélite.)


3.
Em o3 de Abril de 1973 Martin Cooper causou furor em Manhattan. Muitos Nova-Iorquinos pararam, boquiabertos, porque viram um tipo a falar ao telemóvel na rua.


4.
O sucesso de vendas dos telemóveis deveu-se ao facto de as pessoas terem percebido que dispor de um gadget daqueles as colocaria no centro do mundo.
Irreversivelmente.
Livres da prisão da rede fixa e com tantas prerrogativas quem ousaria resistir?
Um verdadeiro golpe de asa!

Se vivemos na Aldeia Global, afinal quem são os nossos vizinhos? (**)

O tal centro é definido pelo arco de círculo do espectro onde funciona a rede escolhida para comunicar.
Estabelecido o nosso centro, o que estiver no seu exterior é o vazio, a periferia?
A intersecção dos arcos de circunferência de cada um dos operadores de redes móveis, definindo zonas comuns de comunicação, por intersecção dos respectivos arcos do espectro, também esgotariam as zonas presuntivamente vazias.
Não havendo comunicadores e comunicações, jamais existirão periferias.

Havendo centro sem periferia como resolver a novidade comercal de GPS nos telemóveis?

Estando cada comunicador no seu centro necessita de se deslocar para onde e porquê?
Para praticar a transumância?
Pela inqualificável ânsia venal de enriquecimento ou pelo desiderato frívolo de omnipresença ou omnipotência -- É por estas razões que os comunicadores prescindem da sua privacidade, dizendo tudo e o desnecessário ao telemóvel?
Ou, sinceros tementes, num angustiado desamparo de Babel expõem-se à fúria de uma incerta e inclemente reprise do dilúvio?


(*)
«ILHA DO DIA ANTES»
Umberto Eco
Ed. Difel

(**)
«Se vivemos na Aldeia Global, quem são os nossos vizinhos?»
Era este o spot do programa da SIC Notícias «A SOCIEDADE DAS NAÇÕES».

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Saudades da neve?


Gentileza Google

No fim de semana passado não terá escapado a um único meio de comunicação social o relato da queda de neve, dos primeiros bloqueios de estrada, dos inevitáveis acidentes de viação dela decorrentes.

O branco imaculado da neve pode ser romântico, pode tornar-nos sonhadores, acalentar os sonhos de Natal das crianças. Se lhe for adicionado um Pai Natal , um grupo incansável de renas e o tilintar sincopado de chocalhos e sininhos, o sonho tornar-se-á irresistível.

Mas a neve é gelada, dura, molha que se farta e quando começa a derreter, chegando a transformar-se em gelo, é perigosa.

Também é lúdica e torna espectacular a prática desportiva de Inverno.

Numa tarde fria, jamais trocaria o calorzinho da minha salamandra por um combate de bolas de neve num campo inóspito e hostil da Torre na Serra da Estrela.
Aliás, a única neve que me derrete é a das fotografias das tampas das caixas de chocolate sem deixar de considerar the wisdom of Forrest Gump «A vida é como uma caixa de chocolate. Nunca se sabe o que se vai encontrar!»

Pousada no meu colo, na caixa resta, aconchegado entre palhinhas sedosas, um único bombom cujo aroma delicioso da baunilha misturado com o cacau atingiu a perfeição. Devo comê-lo já, esperar ou ... (Cinco segundos depois) «Hum!!!!!»